Viver perigosamente no mundo dos desejos é algo muito desejável,
no entanto perigoso, desejo é uma coisa imprevisível. Digo isso pela facilidade
em que nós humanos temos de desejar o proibido, deis do princípio foi assim.
[...] E o Senhor Deus fez brotar da terra toda a árvore agradável à vista. Ora,
é o que o nosso livro diz, o que me agrada a vista me é desejável... Logo em
seguida Deus diz: [...] Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não
comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás. Todos nós
sabemos o resumo dessa história, o homem e a mulher fraquejaram. Agora podemos
perguntar: Deus porque o Senhor colocou aquela arvore lá se já sabia que íamos morrer
por causa dela? Quem tem capacidade de entender os desígnios de Deus? As vezes
parece-me que queremos ouvir da boca de Deus: Desculpas meus filhos, eu errei.
Ora, perguntas como essa me remete ao pensamento de que Deus realmente sabe o
que faz, nós que tentamos compreender o incompreensível. Imagino se isso não
tivesse ocorrido, Deus seria tirano. Deus teria nos roubado a bela experiência de
aprender com os erros, a vida já não seria um processo de aprendizagem contínuo.
Deus iria de alguma forma nos manipular e nos robotizar, fazendo nós assim
bonequinhos de vodus.
No entanto os nossos desejos são perigosos pelo
simples fato de que amamos desejar o proibido, Deus desse modo então nos atiçou
a desejar as coisas erradas? Não, Ele apenas nos diz: Meus filhos façam isso e
viva, meus filhos não façam isso se não vocês morrerão... Devemos compreender
uma coisa entre vida e morte, podemos viver mortos se não estivermos
espiritualmente ligados com Deus mesmo estando vivos, e podemos facilmente estar
ligados a Deus e mortos para os desejos maus que temos diante da vida. É uma
labuta no que concerne meus desejos bons e ruins e hoje eu compreendo que sempre
viveremos oscilando, entre desejos bons e maus. Ora eu desejo amor e coisas
boas, e ora eu desejo morte ódio e inveja. Na maioria das vezes nossos desejos
maus estão ligados de alguma forma com a desgraça do outro, por isso pecamos,
isso é terrivelmente vergonhoso, e me assusto quando percebo em mim que eu
tenho essa capacidade natural de ser. Nossa natureza é pecaminosa, não é o que
eu faço, é o que eu sou.
E agora como sairemos dessa realidade perigosa? Qual é
a saída para nós? Me lembro de Paulo, o apostolo dos gentios:
Não sabeis vós, irmãos (pois que falo aos que sabem a
lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que vive? Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto
ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do
marido. De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera
se for de outro marido; mas, morto o marido, livre está da lei, e assim não
será adúltera, se for de outro marido. Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a
lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro, daquele que ressuscitou
dentre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus. Porque, quando estávamos na carne, as paixões dos
pecados, que são pela lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a
morte. Mas agora temos sido libertados da lei, tendo morrido
para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de
espírito, e não na velhice da letra. Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas
eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a
concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás. Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, operou
em mim toda a concupiscência; porquanto sem a lei estava morto o pecado. E eu, nalgum tempo, vivia sem lei, mas, vindo o
mandamento, reviveu o pecado, e eu morri. E o mandamento que era para vida, achei eu que me era
para morte. Porque o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, me
enganou, e por ele me matou. E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e
bom. Logo tornou-se-me o bom em morte? De modo nenhum; mas
o pecado, para que se mostrasse pecado, operou em mim a morte pelo bem; a fim
de que pelo mandamento o pecado se fizesse excessivamente maligno. Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou
carnal, vendido sob o pecado. Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso
não faço, mas o que aborreço isso faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é
boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas
o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não
habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o
bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não
quero esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas
o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o
bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei
de Deus; Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha
contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está
nos meus membros. Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo
desta morte? Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim
que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do
pecado.
Romanos 7:1-25
De alguma forma o eu pecador está ligado não com o que
eu faço, mais com o que eu sou, e isso revela-se diretamente em meus desejos, o
meu pecado, segunda a lei estou morto para Deus, por causa dessa desobediência.
No entanto como Paulo eu Francisco Wallas dou graças a Deus por Jesus Cristo,
pois só Ele, a Palavra viva de Deus encarnada diante dos homens me aceitou do
jeito que eu sou, e não do jeito que eu deveria ser, Ele olhou dentro de mim,
Ele me viu pelado do jeito que sou, todas as minha imundícies e disse, Filho independentemente
dos seus pecados, eu te amo, e quero que você acredite nisso agora, pois nesse
exato momento eu estou sendo crucificado por que eu provo meu amor pelos meus
filhos, e então cumpriu-se aquilo que Isaias profetizou:
Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se
manifestou o braço do SENHOR? Porque foi subindo como renovo perante ele, e como
raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele,
não havia boa aparência nele, para que o desejássemos. Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens,
homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens
escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades,
e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de
Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões,
e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava
sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um
se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de
nós todos. Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca;
como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus
tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca. Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o
tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; pela
transgressão do meu povo ele foi atingido. E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico
na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca. Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar;
quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade,
prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão. Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará
satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos;
porque as iniqüidades deles levará sobre si. Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os
poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e
foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e
intercedeu pelos transgressores. - Isaías 53:1-12