quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Danada da solidão

Aqui está minha ilusão, numerosas e tão clara como as areias do mar:
Passa um vento dedicados faz seus desenhos, em seus redemoinhos,
Ouvia-se alguns tormentos e lamentos.

Ouço uma voz, é a concha vazia: gritava nas minhas orelhinhas,
Era o eco da solidão, curtindo o seu próprio lamento, em pleno verão.

Então a danada da solidão se aperreio:
Logo gritava pela dona dor, este coral
Quebrado e abandonado,
Era teimosa: sobrevivia ao seu patético momento,
E se angustiava com seu próprio veneno...

Aqui está minha herança, este mar solitário,
Que de um lado é amor e, do outro esquecimento.
Poderia até ser um momento, mas o mar é
Grande e outras chances o destino nos proporcionou,
Só não podemos deixar que venha a dona dor.

Pois a solidão no mar solitário já se afogou.

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