sábado, 19 de novembro de 2016

Não façam seus filhos tropeçarem

Fico impressionado com o grau de perversidade por parte de alguns frequentadores de templos. Eles ouvem a mensagem do Evangelho, isso quando ouvem, e mesmo assim tratam seus filhos maus…. Como podem ouvir de amor ao próximo sendo que não conseguem amar pacientemente o próximo dos próximo deles, seus filhos, vi uma cena espantosa de duas mulheres que frequentam uma igreja com seus filhos. Uma gritava: quer que eu arranque o seu pescoço? Você quer! Então fique quieta, depois de alguns segundos ouvir apenas as chineladas e a criança gritando. Logo em seguida a outra mãe também bradava ameaças ao seu filho dizendo: quer que eu te pegue também? E gritavam e batiam em suas crianças…. Isso é assustador, tal entorpecimento de consciência diante do Evangelho é um sinal que essas mulheres não estão ouvindo a verdadeira mensagem de amor do Evangelho, de ensino, exortação, longanimidade, domínio próprio. E eu observando essas duas mulheres agindo assim, me perguntei: Abba, quantas pessoas por aí afora também não estão criando seus filhos da mesma forma, cristão e não cristão, ouçam o que eu vou dizer! Isso é inadmissível diante do Criador…. Lembro-me das palavras do meu Mestre: [...] "E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles. E disse: “Com toda a certeza vos afirmo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no Reino dos céus. Portanto, todo aquele que se tornar humilde, como esta criança, esse é o maior no Reino dos céus. E quem recebe uma destas crianças, em meu nome, a mim me recebe. Entretanto, se alguém fizer tropeçar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe seria amarrar uma pedra de moinho no pescoço e se afogar nas profundezas do mar. Ai do mundo, por causa das suas ciladas! É inevitável que tais ofensas ocorram, mas infeliz da pessoa por meio da qual elas acontecem!" Mateus 18:2-7…. Ai de nós por tratar tão mal nossas crianças! Falo por mim…. Na minha infância eu tomei várias surras, e não estou falando de tapinha na bundinha, não estou falando de ficar de joelhos em caroços de milho, também teve essas ocasiões, no entanto estou falando da violência sem freio, aquela agressora de verdade, socos, chutes, chicotadas de cinturões, pauladas de madeira e etcetera…. Taís surras me transformou em um adolescente revoltado, cheio de ódio, de modo que eu não esboçava respeito a nenhum tipo de ser humano, cresci com um rancor enraizado no meu coração, dizia que odiava meus pais, e estava convicto de que eles não me amavam. É claro que é necessário salientar que muitas surras que tomei foi merecida, porém outras não. Eu não entendia porque eu apanhava tanto, e isso alterou meu relacionamento social, era um garoto deveras problemático. Então queridos pais e mães conversem com seus filhos e não os tratem como saco de pancada, ou como uma televisão velha quando não pega o canal que queremos logo largamos o tapa. Eles podem crescer revoltados com vocês e com o mundo, e assim vocês fazem eles desviar do caminho do Evangelho, do caminho do amor, desse modo vocês colocam eles no meio da rua dos sentimentos rancorosos, e se esquecem que vocês têm o propósito de guiar eles pelas calçadas seguras do amor. Não façam seus filhos tropeçarem, se não seria melhor que vocês amarrassem uma pedra de moinho no pescoço e se atirasse nas profundezas do mar. Eu todavia estou aqui narrando um parágrafo da minha infância graças ao Evangelho, graças ao Eterno, e graças ao Seu Filho…. Pois eles fizeram eu nascer de novo. Fui totalmente atropelado pela graça do Eterno e isso transformou a minha consciência, de modo que minha condição diante do Eterno é pelo simples fato de que sou amado por Deus. A anos que eu não penso mais na alegria do céu, e do medo do inferno, mas sobretudo sou movido pelo amor divino depositado em mim por Deus. Portanto meu clamor é que pais amem seus filhos e os exortem em amor, jamais na violência. E filhos, tenham paciência com seus pais, eles também são adultas crianças. E aos órfãos, não chorem pequeninos do Eterno, nosso Abba faz seus anjos acampar em volta de vocês.



Um comentário:

  1. Muito inspiradora tua mensagem!Também apanhei um bocado na vida. Pelo menos você apanhava de seus pais. Minha mae morreu quando eu tinha 2 anos, e meu Pai morreu quando eu tinha 4 anos e um tio me adotou.Meu tio morava com sua esposa e um.filho adulto que estava desempregado. Então eu apanhava do meu tio e do meu primo.Eu apanhava porque eu demorava na hora de comprar café na mercearia, eu apanhava porque ia tomar banho no rio sem pedir, apanhava porque brigava com os amigos. Aos 16 anos fugi de lá em cima de um caminhão carregado de bananas para a capital e consegui encontrar meu irmão e fui morar com ele. Ponto final para as surras!
    Eu achei muito engraçado quando você diz que foi totalmente atropelado pela Graça do Eterno.
    E verdade! O infinito amor de Deus nos jogou longe da rodovia das trevas e fomos parar no Caminho da Luz.

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